5 Julho - Concerto Os Azeitonas



Com origens que remontam a 2002, numa altura em que não passava de uma brincadeira entre amigos, a banda nasceu para os discos pela mão de Rui Veloso. Em 2005, e com produção da Maria Records, propriedade do conceituado cantor e compositor nortenho, nasce o primeiro álbum da banda. “Um tanto ou quanto atarantado” é um salto determinante para o crescimento dos Azeitonas. Dois anos passados, surge agora “Rádio Alegria”. Um CD que é um livro, num livro que é um CD e que também fala de uma rádio.

Bilhete - 5€

Nós somos os Azeitonas. Reivindicamos para nós próprios o estatuto de fiéis depositários de um Nacional-Cançonetismo perdido algures nas brumas do tempo, pelo direito alienánel à pretensão que assiste qualquer artista que se preze. Fazemos do "formato-canção" a tocha que nos alumia pelos trilhos perdidos da Música Ligeira Portuguesa, e usamos versos de amor como arma de arremesso e insurreição. A nossa banda é a maturação de muitos anos a ouvir em segredo Neil Diamond na estereofonia dos nossos pais, a disfarçar a emoção perante a batida dançante dos ABBA e a esconder o embaraço dos pelos iriçados pelas baladas mais românticas da Bonnie Tyler. A semente fica e continua, teimosa e autonoma, a crescer, acabando por medrar. Floresce inevitavelmente, assim que o medo e a insegurança estejam devidamente resolvidos. A bitola da estética reinante lança sobre o povo a sua tirania feroz, tentando matar as sensibilidades. Gostar de música romântica é hoje proibido por estas leis. É punível com sanções que podem ir até à exclusão total dos mais concorridos grupos sociais. Aceita o nosso humilde convite a esse acto de rebeldia sublime, que é o regresso às origens da apreciação afectiva da música, como se não existisse uma logica estética (nem sequer ética) a toldar os ouvidos de quem sintoniza uma frequência alternativa. Pois o homem em quem a emoção domina a inteligência recua a feição do seu ser a um estádio da evolução anterior, em que as faculdades da inibição dormiam ainda no embrião da mente.





O LIVRO

O livro que é um CD: chama-se “Rádio Alegria” e é o mais recente projecto da banda “Os Azeitonas”. Produzido sob a forma de livro, de modo a poupar 16% de I.V.A. ao consumidor final, o CD que também é uma rádio, vai contar com várias páginas repletas de textos soltos, imagens, desafios e, evidentemente, algumas canções de amor.

Cientes de que em Portugal um CD é considerado artigo de luxo, logo, sujeito a uma taxa de 21% de I.V.A., e que na compra de um livro, esse mesmo imposto acrescenta apenas 5% ao preço a pagar, os nortenhos Azeitonas decidiram inovar.


O CD

Numa iniciativa inédita, a banda vai lançar um novo formato – um livro que fala sobre uma rádio e que traz consigo… um CD. Totalmente grátis na compra do livro, o CD conta com a participação dos locutores João Francisco Guerreiro (TSF), Paulino Coelho (Renascença) e do guitarrista, vocalista e compositor Rodrigo Amarante, da banda brasileira “Los Hermanos”. Composto, tocado e produzido pelos Azeitonas, “Rádio Alegria” tem produção executiva de Rui Veloso, à semelhança do que já havia acontecido no primeiro álbum da banda. “Rádio Alegria” vai estar à venda entre 10 e 12 de Dezembro.
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