Alberto Pinton & Chant
(Itália / Suécia )
Alberto Pinton – saxofone barítono
Jonas Kullhammar – saxofone tenor
Torbjörn Zetterberg – contrabaixo
Kjell Nordeson – bateria, vibrafone
Gravação para posterior edição na JACC Series
Transmissão em directo na RUC – Rádio Universidade de Coimbra
Transmissão vídeo em directo na Internet
Bilhetes: € 7
Venda por SMS
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Custo: € 0,35 (IVA incluído)
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Com os instrumentos de palheta menos vulgares, a começar pelo pesado saxofone barítono, o veneziano (mas radicado em Estocolmo) Alberto Pinton vem praticando um jazz aberto e flexível, mas em linha com as gramáticas do bop e do free originais – assimiladas estas nas suas passagens pelo Berklee College of Music, em Boston, e por Nova Iorque, cidade em que rodou com os nomes mais sonantes da cena “downtown”. A energia e a forma são as coordenadas musicais a que dá mais importância, e o sentido de equilíbrio denotado pelas suas conjunções da expressão improvisacional e das estruturas compositivas pressente-se bem em todo o trabalho que registou em disco ou apresenta ao vivo. Figura inevitavelmente identificada com as sonoridades que nos chegam da Escandinávia, não surpreende que o seu grupo Chant seja constituído por músicos da Suécia e da Noruega.
Além de patrão de uma das mais importantes editoras do Norte da Europa, a Moserobie, Jonas Kullhammar é também um dos mais importantes saxofonistas daquelas paragens. Com o seu estilo devedor a Sonny Rollins, o que significa uma grande fluência e uma intensidade que lhe fica a par, as combinações que estabelece com Pinton nos sopros são um claro convite para a festa. Com fogo-de-artifício e lançamento de “confetti”, como convém desde já avisar. A secção rítmica que lhes dá lume é de peso, com o incontornável Torbjorn Zetterberg no contrabaixo, um apaixonado de Charles Mingus que, não obstante, conquistou uma voz pessoal, e Kjell Nordeson sentado à bateria, um radical da “música improvisada” (senão veja-se a lista de parceiros com quem tem tocado: Mats Gustafsson, Christer Bothén, David Stackenás, Martin Kuchen, Peter Brotzmann e Frank Gratkowski são alguns dos nomes) que também é capaz de swingar. Entre uma elegância caracteristicamente europeia e uma surpreendente visceralidade, o projecto Chant tem a particularidade de não confundir a urgência dos seus postulados com estratégias de fácil aceitação, e se for mais interessante dar a volta maior para chegar onde quer, de certeza que não vai a direito.
in Jazz ao Centro
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