Norberto Lobo, um músico lisboeta e Mudar de Bina é o seu primeiro álbum em nome próprio. Um disco quase absolutamente centrado na sonoridade da guitarra acústica e, por essa via, na capacidade expressiva e interpretativa de Norberto Lobo como guitarrista.
«Muito poucos conseguiram traduzir a nostalgia de ser português em arte. Carlos Paredes foi um dos poucos que o conseguiu e a imortalidade da sua música distinguiu-o como um dos mais notáveis criadores saídos da nossa terra. É a Carlos Paredes que o jovem guitarrista Norberto Lobo dedica o seu disco de estreia e ao ouvirmos a sua música sente-se por vezes essa ambição de registar a essência da alma lusa. E se é um facto que neste seu disco inaugural, que é também um solo absoluto, Norberto se aproxima da noção mal definida de "música portuguesa", usa-a também como ponto de partida para chegar a outras fronteiras.
O título do disco é uma indisfarçável referência ao tema de Paredes e a homenagem não se fica pela tona, há mesmo uma versão do tema original, "Mudar de Vida". Norberto aplica-lhe a sua extraordinária técnica e, apesar das diferenças, não envergonha o original - para se perceber a dimensão do elogio relembro que falamos do genial guitarrista português Carlos Paredes (1925-2004). Mas o disco não se encerra nessa dimensão de tributo, desvenda um instrumentista de raro talento e viaja até outras latitudes.
O nome Norberto Lobo começou a ser falado há uns meses, quando o programa de rádio Má Fama gerou um certo burburinho. Os concertos que se seguiram, na Galeria ZDB e na Sociedade Guilherme Cossoul, confirmaram as expectativas e alimentaram o culto. Coisa rara, surgiu entre nós um magnífico instrumentista que vai além das fronteiras estáticas de um género. Também ele um brioso herdeiro da folk americana de John Fahey, Norberto revela com este disco uma consistência de que poucos se podem orgulhar.
O método lo-fi que caracteriza o disco (segundo consta, o álbum foi literalmente gravado em casa e na rua) pode ser visto como statement e até se enquadra na toada classicista do álbum, mas o que mais interessa é mesmo o material gravado, que é uma pedra no charco nacional. Neste disco, a técnica, mais do que mero combustível para exibição circense, está ao serviço da arte. Pelas mãos de Norberto Lobo aquelas composições resultam em interpretações belíssimas. Só ficou mesmo a faltar a deliciosa cover acústica do genérico da melhor série dos anos '90 (sim, MacGyver), mas tal como Norberto nos concertos a deixa para o encore, ficamos agora nós à espera desse rebuçado num próximo disco.» Nuno Catarino
Bilhete - 5€
«Muito poucos conseguiram traduzir a nostalgia de ser português em arte. Carlos Paredes foi um dos poucos que o conseguiu e a imortalidade da sua música distinguiu-o como um dos mais notáveis criadores saídos da nossa terra. É a Carlos Paredes que o jovem guitarrista Norberto Lobo dedica o seu disco de estreia e ao ouvirmos a sua música sente-se por vezes essa ambição de registar a essência da alma lusa. E se é um facto que neste seu disco inaugural, que é também um solo absoluto, Norberto se aproxima da noção mal definida de "música portuguesa", usa-a também como ponto de partida para chegar a outras fronteiras.
O título do disco é uma indisfarçável referência ao tema de Paredes e a homenagem não se fica pela tona, há mesmo uma versão do tema original, "Mudar de Vida". Norberto aplica-lhe a sua extraordinária técnica e, apesar das diferenças, não envergonha o original - para se perceber a dimensão do elogio relembro que falamos do genial guitarrista português Carlos Paredes (1925-2004). Mas o disco não se encerra nessa dimensão de tributo, desvenda um instrumentista de raro talento e viaja até outras latitudes.
O nome Norberto Lobo começou a ser falado há uns meses, quando o programa de rádio Má Fama gerou um certo burburinho. Os concertos que se seguiram, na Galeria ZDB e na Sociedade Guilherme Cossoul, confirmaram as expectativas e alimentaram o culto. Coisa rara, surgiu entre nós um magnífico instrumentista que vai além das fronteiras estáticas de um género. Também ele um brioso herdeiro da folk americana de John Fahey, Norberto revela com este disco uma consistência de que poucos se podem orgulhar.
O método lo-fi que caracteriza o disco (segundo consta, o álbum foi literalmente gravado em casa e na rua) pode ser visto como statement e até se enquadra na toada classicista do álbum, mas o que mais interessa é mesmo o material gravado, que é uma pedra no charco nacional. Neste disco, a técnica, mais do que mero combustível para exibição circense, está ao serviço da arte. Pelas mãos de Norberto Lobo aquelas composições resultam em interpretações belíssimas. Só ficou mesmo a faltar a deliciosa cover acústica do genérico da melhor série dos anos '90 (sim, MacGyver), mas tal como Norberto nos concertos a deixa para o encore, ficamos agora nós à espera desse rebuçado num próximo disco.» Nuno Catarino
Bilhete - 5€
5 comentários:
Agradecia infornmação sobre preço e local de compra dos bilhetes. Obrigado.
Desde já a desculpa pela demora.
O bilhete será 5€ e a venda será no local, no dia do concerto.
Poderão ser feitas reservas através do email salaobrazil@gmail.com.
Até breve
Como funcionam as reservas?
Para reservar basta enviar um email com os seus dados e o número de bilhetes que deseja e no dia bastará indicar o seu nome e levantar os respectivos bilhetes.
Gostava de deixar registada a tristeza pela falta de consideração demonstrada para com as pessoas que às 22h30m estavam no SB. Tanto quanto sei a programação do SB não é apenas para estudantes e há quem trabalhe de manhã cedo. Se o concerto tivesse sido anunciado para a meia-noite eu não teria ido. Exige-se um pouco mais de respeito.
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