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7 de Novembro - Norberto Lobo


«Norberto Lobo aparece e hipnotiza.
Há dois anos foi editado "Mudar de Bina", o álbum de estreia de Norberto Lobo, e maravilhámo-nos. Havia a dedicatória a Carlos Paredes e havia Paredes lá dentro, mas não reprodução de uma sonoridade, era coisa de alma, algo de intangível.

Não podia ser de outra forma, que Norberto Lobo toca guitarra clássica, não portuguesa. Não podia ser de outra forma porque Norberto Lobo, que passa o dia com uma guitarra às costas, tem a cabeça cheia de música. Música dali e de ontem, música de aqui e de agora. John Fahey e as revoluções do mago da guitarra na Americana. Os sons da cítara de Ravi Shankar e do mandolim de Mandolin U. Shrinivas. E Robert Wyatt e Thelonius Monk e, acima de toda a gente, o multifacetado Jim O'Rourke de quem fala com incontido entusiasmo.
Quando ouvimos "Mudar de Bina" há dois anos, onde cabia uma versão de Carlos Paredes, duas do cancioneiro tradicional português, andámos a vasculhar nele algo que explicasse em som isto que vemos e vivemos aqui. Nada mais natural: estamos sempre a procurar no outro algo que nos explique a nós próprios. Nada mais errado: a música de Norberto Lobo tem-nos a nós todos dentro, acolhe-nos a todos, mas é única e integralmente sua.»Mário Lopes in Ipsilon

Entrada 6€

Fotografia
Nuno Mendes


Reservas limitadas para jantar
(Não inclui entrada para o concerto)

Links: myspace, last.fm

23 de Maio 23H - NORMAN



Norberto Lobo-GUITARS.vocals
Manuel Lobo-KEYBOARDS.vocals
João Lobo-DRUMS.PERC. vocals

Na altura em que celebram 10 anos de existência, os NORMAN fazem uma pequena Tour por Portugal estando já assegurada a sua passagem pelo Salão Brazil.

Entrada 5€

Links: MYSPACE, yahoo_evento, last.fm_evento

2 Outubro às 22h30 - Norberto Lobo



Norberto Lobo, um músico lisboeta e Mudar de Bina é o seu primeiro álbum em nome próprio. Um disco quase absolutamente centrado na sonoridade da guitarra acústica e, por essa via, na capacidade expressiva e interpretativa de Norberto Lobo como guitarrista.

«Muito poucos conseguiram traduzir a nostalgia de ser português em arte. Carlos Paredes foi um dos poucos que o conseguiu e a imortalidade da sua música distinguiu-o como um dos mais notáveis criadores saídos da nossa terra. É a Carlos Paredes que o jovem guitarrista Norberto Lobo dedica o seu disco de estreia e ao ouvirmos a sua música sente-se por vezes essa ambição de registar a essência da alma lusa. E se é um facto que neste seu disco inaugural, que é também um solo absoluto, Norberto se aproxima da noção mal definida de "música portuguesa", usa-a também como ponto de partida para chegar a outras fronteiras.
O título do disco é uma indisfarçável referência ao tema de Paredes e a homenagem não se fica pela tona, há mesmo uma versão do tema original, "Mudar de Vida". Norberto aplica-lhe a sua extraordinária técnica e, apesar das diferenças, não envergonha o original - para se perceber a dimensão do elogio relembro que falamos do genial guitarrista português Carlos Paredes (1925-2004). Mas o disco não se encerra nessa dimensão de tributo, desvenda um instrumentista de raro talento e viaja até outras latitudes.
O nome Norberto Lobo começou a ser falado há uns meses, quando o programa de rádio Má Fama gerou um certo burburinho. Os concertos que se seguiram, na Galeria ZDB e na Sociedade Guilherme Cossoul, confirmaram as expectativas e alimentaram o culto. Coisa rara, surgiu entre nós um magnífico instrumentista que vai além das fronteiras estáticas de um género. Também ele um brioso herdeiro da folk americana de John Fahey, Norberto revela com este disco uma consistência de que poucos se podem orgulhar.
O método lo-fi que caracteriza o disco (segundo consta, o álbum foi literalmente gravado em casa e na rua) pode ser visto como statement e até se enquadra na toada classicista do álbum, mas o que mais interessa é mesmo o material gravado, que é uma pedra no charco nacional. Neste disco, a técnica, mais do que mero combustível para exibição circense, está ao serviço da arte. Pelas mãos de Norberto Lobo aquelas composições resultam em interpretações belíssimas. Só ficou mesmo a faltar a deliciosa cover acústica do genérico da melhor série dos anos '90 (sim, MacGyver), mas tal como Norberto nos concertos a deixa para o encore, ficamos agora nós à espera desse rebuçado num próximo disco.» Nuno Catarino

Bilhete - 5€
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